Astrofotografia no Pátio
Com as restrições decorrentes da pandemia, encontrei na Astrofotografia de Quintal uma opção para “viajar”, sem sair do meu pátio.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Tríade de superluas
terça-feira, 18 de março de 2025
Lua de Sangue
Eclipse Lunar Total de 14 de março de 2025
Depois de uma longa ausência, dois anos, retorno com uma postagem sobre um tema bastante diferente dos que abordo usualmente e que se constituiu no grande evento astronômico de março de 2025 – Lua de Sangue, o eclipse lunar total do dia 14.
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| Lua de Sangue |
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| timeanddate.com 14 de Março de 2025 — Total Lunar Eclipse Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil |
domingo, 23 de abril de 2023
Dois anos de Astrofotografia
Quando comecei nada sabia sobre o assunto e até o termo “Astrofotografia” era novidade para mim. Aprendi alguma coisa, mas constato que ainda nada sei quando vejo as fotos, as publicações e comentários de outros entusiastas.
Quando fiz as primeiras astrofotografias de céu profundo, com equipamento fotográfico convencional, me maravilhei com o Universo literalmente se descortinando na minha frente. Havia fotografado a Grande Nebulosa de Carina. Não eram grandes fotos, faltava muita técnica, mas era empolgante ver o que eu podia fotografar do pátio da minha casa.
Fiquei novamente empolgado quando descobri que podia saber em segundos, minutos quais objetos celestes estavam presentes nas minhas fotos de uma parte qualquer do céu, simplesmente enviando-as para um site sem qualquer metadado ou informação. O site Astrometry.net é um projeto parcialmente financiado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA, pela Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa em Ciência e Engenharia do Canadá que mantém um serviço de calibração astrométrica de astrofotografias gratuito e disponível para o público em geral. Você pode, mas não precisa sequer se registrar para usá-lo. O objetivo do serviço nas palavras dos pesquisadores responsáveis pelo projeto: “Construímos este serviço de calibração astrométrica para criar metadados astrométricos corretos e compatíveis com os padrões para cada imagem astronômica útil já obtida, passada e futura, em qualquer estado de desordem de arquivo. Esperamos que isso ajude a organizar, anotar e tornar pesquisáveis todas as informações astronômicas do mundo.” Que maravilha!... além de facilmente poder identificar o que havia fotografado, minhas fotos passam a integrar um repositório mundial de imagens astronômicas... e sem custo!
Meu perfil em Astrometry.net
pode ser acessado no link abaixo:
https://nova.astrometry.net/users/28565
Lá encontrarão dados
astrométricos completos e outras informações sobre as imagens publicadas neste
blog.
E assim, nesses dois anos comecei me interessando por uma atividade como alternativa a outras que não podia mais fazer e acabei fascinado por ela.
terça-feira, 18 de abril de 2023
Centro da Galáxia
em graus decimais: 266,405100; -28,936175
ascensão reta: 17h 45m 40,04s declinação: -29° 00' 28,1"
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A observação de objetos integrantes do bojo da Via Láctea é extremamente dificultada pela poeira interestelar presente no disco galáctico, que ao se interpor na linha de visão absorve a luz visível por eles emitida. Assim, estrelas, aglomerados e outros corpos celestes, como o buraco negro, são observados e estudados através de suas emissões eletromagnéticas em comprimentos de onda maiores que os do espectro visível, como infravermelho e ondas de rádio, que sofrem menos absorção. Olhando na direção do centro da galáxia, normalmente só é possível a observação e a fotografia no espectro de luz visível de objetos que estejam a até cerca de 6500 anos-luz, um quarto da distância total; entretanto, há meia dúzia de "corredores" com densidade de poeira muito baixa, criando janelas para a observação de objetos do núcleo central, no espectro visível ou infravermelho próximo. Destaca-se entre essas janelas, a conhecida como Janela de Baade (Baade's Window), anotada na imagem abaixo, resultante da calibração astrométrica da original feita no software ASTAP (Astrometric Stacking Program).
A Janela de Baade tem um contorno irregular e delimita no céu uma área de 1° de diâmetro em torno do Aglomerado Globular NGC 6522. Próximo à sua borda fica um outro aglomerado globular, o NGC 6528. Ambos fazem parte do bojo da galáxia e estão a mais de 25 mil anos-luz de nós. O NGC 6522 é provavelmente o aglomerado mais antigo da Via Láctea com mais de 12 bilhões de anos.
domingo, 9 de abril de 2023
Aglomerados Estelares Abertos
de Ptolomeu e da Borboleta
sexta-feira, 7 de abril de 2023
Via Láctea - Região de Sagitário/Escorpião
Sem contar com o auxílio de um dispositivo de rastreamento, a ideia era fazer três conjuntos de fotos da mesma região, a das Nebulosas Trífida e da Lagoa, reposicionando a câmera a cada conjunto. Com os recursos de que disponho, o alinhamento da câmera sempre é impreciso e demorado e... a pressa é inimiga da perfeição. Claro, não saiu como esperado, mas até foi bom, porque os três conjuntos de fotos cobriram uma área maior que a inicialmente planejada, estendendo-se em direção à Constelação de Escorpião, e aí "descobri" outros corpos celestes interessantes para fotografar. As imagens resultantes dos dois primeiros conjuntos foram objetos das postagens "Via Láctea - Região de Sagitário" e "Via Láctea - Região de Sagitário II" e cobrem a região onde se localizam as Nebulosas da Lagoa e Trífida e uma região intermediária entre aquela e a desta postagem.
sexta-feira, 24 de março de 2023
Via Láctea - Região de Sagitário II
A Via Láctea é uma galáxia espiral com quatro braços principais e um braço menor, ensanduichado entre dois dos principais. O Sistema Solar situa-se nesse braço menor, em uma posição intermediária entre a borda e o centro do disco galáctico. Assim, ao olhar-se em direção ao centro da galáxia, pode-se ver objetos integrantes de diferentes braços e cujas distâncias de nós diferem em milhares de anos-luz, embora visualmente possam parecer próximos entre si.
domingo, 12 de março de 2023
Nebulosa da Lagoa e Nebulosa Trífida
terça-feira, 7 de março de 2023
Via Láctea – Região de Sagitário
Câmera: Nikon D5100 original (não modificada)
Lente: Tamron 18-400mm f/3.5-6.3 Di II VC HLD
Distância focal: 135mm (equivalente a 200mm (202,5) em 35mm/"full frame")
Campo de visão (FOV): Horizontal: 9,9°; Vertical: 6,6°; Diagonal: 11,9°
Abertura: f/5,6
Tempo de exposição: 2,5s
ISO: 3200
Balanço de branco: Luz solar direta
Resolução nativa: 4928 x 3264 (relação de aspecto 3:2)
Formato: NEF (raw)
Quantidade de fotos: 25
Data e hora: 26/09/2021; 19:30 – 19:31 (UTC+3)
Local de observação: Pelotas, RS 31° 45' S; 52° 20,5' W
Coordenadas horizontais do centro da imagem: Azimute: 282°; Altura: 70°Nível de escuridão do céu: Bortle 7
Deep Sky Stacker (DSS) v. 4.2.6 (software de uso livre, gratuito)
Método: Mediana Corte Kappa-Sigma (Median Kappa-Sigma Clipping)
Parâmetros: Kappa = 2; Iterações = 5; Aproveitamento das fotos: 80%
Tempo integrado ou exposição total: 50s (20 fotos (80% do total) @2,5s)
Adobe Lightroom 6 v. 6.7
Processamento da imagem TIFF resultante da integração
Conversão para JPEG
Imagem anotada
Os dados astrométricos da imagem podem ser obtidos em:
https://nova.astrometry.net/user_images/7326851#annotated
segunda-feira, 11 de abril de 2022
"...
A imagem do Cruzeiro resplandece."
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| Imagem anotada |
http://nova.astrometry.net/user_images/5767121#annotated
quarta-feira, 30 de março de 2022
Céu Estrelado Sobre a Nossa Casa
Região do Cruzeiro do Sul à Carina
quarta-feira, 23 de março de 2022
Há muito tempo e muito longe do meu pátio
Há dez anos, em 23 de março de 2012, tirei uma série de fotos da aurora boreal no Mar de Barents, norte da Noruega, e publiquei esta no meu perfil do Facebook, que acabou se tornando minha primeira astrofotografia, já que a tentativa de fotografar aquele eclipse total do Sol, décadas antes, havia sido um retumbante fracasso.
Numa primeira tentativa de identificar as estrelas que aparecem na foto, sobrepus, sob a forma de uma imagem transparente, um mapa estelar "extraído" (screenshot) de uma visualização do planetário virtual The Sky Live Online Planetarium para o local, data, hora e campo de visão da foto, obtendo a imagem abaixo.
Calibration
| Center (RA, Dec): | (251.555, 23.397) |
| Center (RA, hms): | 16h 46m 13.176s |
| Center (Dec, dms): | +23° 23' 48.188" |
| Size: | 44 x 29.2 deg |
| Radius: | 26.409 deg |
| Pixel scale: | 32.2 arcsec/pixel |
| Orientation: | Up is 352 degrees E of N |
sábado, 25 de dezembro de 2021
Feliz Natal!
Nessa época sempre ressurgem as teorias relativas à bíblica Estrela de Belém, Estrela de Natal ou Estrela-Guia, que teria guiado os Reis Magos até o local do nascimento de Jesus. Das várias teorias surgidas ao longo dos séculos, todas sem comprovação, uma das que ainda persiste é a de uma conjunção planetária, defendida por Johannes Kepler em 1614 e que, com diferentes variações, tem seguidores até hoje.
Em dezembro do ano passado ocorreu uma conjunção de Júpiter e Saturno, a qual a mídia se referiu como a grande conjunção, chamando a atenção para o evento astronômico e também para as teorias sobre a Estrela de Belém. Embora essas conjunções não sejam tão raras, ocorrendo a cada 20 anos aproximadamente, uma com tal perfeição de alinhamento não acontecia há séculos. Daí a sua singularidade, ainda que vá se repetir daqui a "apenas" 60 anos. No dia de maior proximidade, ou seja, de melhor alinhamento, 21 de dezembro de 2020, a distância visual entre eles era de apenas 0,1°.
O pensamento predominante hoje é de que a estrela bíblica não corresponde a nenhum evento astronômico, mas a ocorrência da Grande Conjunção de Júpiter e Saturno às vésperas do Natal de 2020 foi, sem dúvida, um grande apelo, sugestivo e inspirador, à nossa imaginação e ao debate sobre a Estrela de Belém.
Na ocasião publiquei essa foto do evento, feita com uma teleobjetiva de 600 mm no dia 22/12/2020, no meu perfil do Facebook; este blog ainda não existia. Nela vê-se Saturno e um pouco acima Júpiter e as quatro luas de Galileu – de baixo para cima, Ganimedes, Io, Calisto e Europa. Clique sobre a foto para acessá-la em tamanho grande.
sábado, 4 de dezembro de 2021
Ainda a Via Láctea - última postagem do ano sobre...
Como já dito em uma postagem anterior, a época já não é mais propícia à observação/fotografia da nossa galáxia e, dada a grande quantidade de fotos tiradas no dia 13 de junho, cobrindo um período de três horas, resolvi, para completar o trabalho com a Via Láctea neste ano, empilhar um outro grupo de fotos. Como já fiz uma imagem com as fotos do fim da série e as do início produziriam, por causa da semelhança de horários, uma imagem parecida àquela do dia anterior, a opção óbvia foi por um grupo de fotos do meio da série.
As fotos selecionadas foram integradas (empilhadas), resultando, após o processamento e a edição, a imagem abaixo.
A calibração da imagem foi feita, como nas outras, através do serviço do site Astrometry.net e os seus dados astrométricos estão disponíveis em
https://nova.astrometry.net/user_images/5374640#annotated
A Via Láctea sobre Pelotas, RS, em meados de junho, ao longo da noite
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Além da Via Láctea
domingo, 21 de novembro de 2021
A foto que ficou na tentativa
A época do ano já não é mais propícia para observar e/ou fotografar a Via Láctea, mas há alguns dias voltei a tentar fotografar a nossa galáxia.
Acontece que em 7 de novembro, ao cair da noite, a Lua nova e Vênus apareciam justo sobre o centro da Via Láctea. Olhei no Stellarium e... legal! Vai dar uma bela foto, incomum! Só que não... acabou na intenção, ficou na tentativa frustrada.
Ao usar uma exposição maior, 8s, para captar a luz da Via Láctea, a luminosidade da fina lua nova inundou toda a foto. Repetiu-se, de certa maneira, o ocorrido há mais de 50 anos, quando tentei fotografar o famoso eclipse total do sol de 1966 - lembram?... contei a história na postagem de 12 de novembro.
Poderia ter sido uma foto interessante se eu soubesse como captar a tênue luminosidade da galáxia, sem que a luz dos menos de 6% de lua alagasse tudo. Além da lua nova, transformada em um pequeno sol brilhante, aparece Vênus e várias constelações, como Sagitário e Escorpião (só a cauda), entre as quais se veria o centro da galáxia, mas... não se vê!
Estiveram presentes também os inimigos da Astrofotografia: as nuvens, que no caso não atrapalharam, até ajudaram a compor a foto, a obstrução visual do céu – construções, árvores – e, o principal, a poluição luminosa, aqui reforçada agora por um poderoso holofote, em um edifício próximo em final de construção, que ilumina as paredes da minha casa.
No planetário virtual Stellarium se vê assim; o mais proeminente é Vênus e não a Lua nova como na minha foto.
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Via Láctea – do centro da galáxia até o Cruzeiro do Sul
A Via Láctea sobre a nossa casa
Após o processamento, sobrepôs-se um recorte da quina da casa e dos galhos de árvore com sua luminosidade original.
Fiquei em dúvida sobre qual versão prefiro. É a mesma imagem do céu.
Calibration
| Center (RA, Dec): | (256.212, -49.560) |
| Center (RA, hms): | 17h 04m 50.910s |
| Center (Dec, dms): | -49° 33' 35.881" |
| Size: | 93.7 x 62.1 deg |
| Radius: | 56.210 deg |
| Pixel scale: | 85.7 arcsec/pixel |
| Orientation: | Up is 352 degrees E of N |
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
12 de novembro de 1966 – Eclipse Total do Sol
12 de novembro de 1966 foi uma data histórica. Ocorreu aqui um evento que só se repete no mesmo lugar com intervalo de séculos – um eclipse total do sol.
Eu havia acabado de comprar minha primeira câmera, máquina fotográfica como era comum se chamar na época, e fui em uma excursão da faculdade, que eu tinha concluído no ano anterior e da qual havia me tornado Auxiliar de Ensino, à praia do Cassino, para observar o eclipse e o lançamento de mais de uma dezena de foguetes pela NASA.







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