Estrela de Belém
Nessa época sempre ressurgem as teorias relativas à bíblica Estrela de Belém, Estrela de Natal ou Estrela-Guia, que teria guiado os Reis Magos até o local do nascimento de Jesus. Das várias teorias surgidas ao longo dos séculos, todas sem comprovação, uma das que ainda persiste é a de uma conjunção planetária, defendida por Johannes Kepler em 1614 e que, com diferentes variações, tem seguidores até hoje.
Em dezembro do ano passado ocorreu uma conjunção de Júpiter e Saturno, a qual a mídia se referiu como a grande conjunção, chamando a atenção para o evento astronômico e também para as teorias sobre a Estrela de Belém. Embora essas conjunções não sejam tão raras, ocorrendo a cada 20 anos aproximadamente, uma com tal perfeição de alinhamento não acontecia há séculos. Daí a sua singularidade, ainda que vá se repetir daqui a "apenas" 60 anos. No dia de maior proximidade, ou seja, de melhor alinhamento, 21 de dezembro de 2020, a distância visual entre eles era de apenas 0,1°.
O pensamento predominante hoje é de que a estrela bíblica não corresponde a nenhum evento astronômico, mas a ocorrência da Grande Conjunção de Júpiter e Saturno às vésperas do Natal de 2020 foi, sem dúvida, um grande apelo, sugestivo e inspirador, à nossa imaginação e ao debate sobre a Estrela de Belém.
Na ocasião publiquei essa foto do evento, feita com uma teleobjetiva de 600 mm no dia 22/12/2020, no meu perfil do Facebook; este blog ainda não existia. Nela vê-se Saturno e um pouco acima Júpiter e as quatro luas de Galileu – de baixo para cima, Ganimedes, Io, Calisto e Europa. Clique sobre a foto para acessá-la em tamanho grande.